Um tratamento odontológico não é apenas um implante, um alinhamento de dentes ou a colocação de lentes. Isso porque, por trás de cada procedimento, existe uma pessoa em busca de saúde, qualidade de vida e autoestima.
Portanto, além de ser um profissional capacitado tecnicamente para executar seus serviços, você deve estar atento às emoções, necessidades e limitações dos pacientes que chegam ao consultório para oferecer a melhor experiência.
É aí que entra a importância de um bom planejamento odontológico, um processo que guia o dentista desde a anamnese até o pós-tratamento.
Dessa forma, cada atendimento é personalizado. Afinal, mesmo passando pelas mesmas etapas, os pacientes chegam com demandas, necessidades e expectativas diferentes.
Como dentista, é importante conduzir bem esse processo para garantir que o paciente, primeiro, confie nas soluções propostas, e invista no tratamento, colaborando para o seu sucesso.
Ainda não segue uma estratégia como essa e sente que precisa melhorar a qualidade da gestão de pacientes? Continue a leitura do artigo e entenda mais sobre a importância e como montar um planejamento odontológico.
Qual o conceito de planejamento na odontologia?
O planejamento é o ato de preparar, organizar e estruturar as etapas para executar uma determinada tarefa. Na Odontologia, esse processo pode ser aplicado em vários aspectos da gestão de clínica odontológica, incluindo o gerenciamento dos planos de tratamento.
Essa definição cria um padrão de atendimento e, quando um potencial paciente chega para uma avaliação, as secretárias sabem como conduzi-lo, fazendo uma recepção amigável, e, assim, você consegue se aproximar e se conectar com o paciente.
Com uma abordagem sistêmica, não só você, mas também o paciente entendem claramente qual é a situação de sua saúde bucal e as opções para melhorá-la.
Leia também: Como se portar como secretária de dentista? 5 ações essenciais
O que é um plano de tratamento odontológico?
Um plano de tratamento odontológico é uma ferramenta que serve como guia para o dentista conduzir a análise, identificação do problema, diagnóstico e tomar as decisões para cuidar de cada paciente.
O objetivo é que a partir de uma demanda, você trace um planejamento com todas as etapas, apresentando ao paciente a melhor solução para o seu caso.
Então, além de ser um processo interno importante para a gestão de pacientes, o plano é fundamental para a pessoa entender as soluções para o problema ou demanda apresentada.
O paciente ainda pode receber uma cópia das etapas do tratamento para analisar em casa pelo que passará e, assim, ter espaço para decidir.
Qual a importância de um bom planejamento odontológico?
A importância de um bom planejamento odontológico é que esse preparo proporciona ao dentista uma visão ampla dos problemas do seu nicho. Assim, ele consegue planejar tratamentos adequados para cada situação, apresentando as técnicas mais apropriadas com seus prós e contras.
Provavelmente, você já lidou com pacientes que chegam ao consultório preocupados com o preço do tratamento ou certos de que um tipo de procedimento será a melhor opção.
Por isso, ter uma abordagem precisa e bem organizada mostra ao futuro paciente que não é possível fazer um diagnóstico e definir um tratamento sem uma análise detalhada, exames complementares, preparação, etc.
Um bom planejamento ainda demonstra credibilidade profissional e, como você o conduz e explica ao paciente, é essencial para criar conexão e confiança de que resolverá o problema.
Fiz um vídeo no meu canal do YouTube em que explico exatamente sobre criar conexão com o paciente, começando muito antes dele entrar no seu consultório. Vale dar o play e conferir:
Quais são as etapas de um plano de tratamento odontológico?
As principais etapas de um plano de tratamento odontológico são: anamnese, consulta de avaliação, diagnóstico, proposição do plano de tratamento e pós-venda. Veja quais são as atividades e objetivos de cada uma:
1. Anamnese
A anamnese odontológica é a primeira etapa da avaliação do paciente. Ela é essencial para fazer um bom planejamento odontológico porque você pode, a partir da queixa inicial, fazer todas as perguntas necessárias relacionadas ao caso.
Por isso, é importante se antecipar e definir um conjunto de perguntas padrão como ponto de partida. Isso porque à medida que a conversa avança, novas questões vão surgindo naturalmente e ajudando a conhecer o histórico do paciente, o que ele busca e suas expectativas.
Os principais pontos para os quais você pode obter respostas são:
- a principal demanda ou queixa do paciente;
- o histórico da questão atual (quando começou, primeiros sintomas, etc.);
- o histórico odontológico (procedimentos e tratamento já realizados);
- as informações sobre outros problemas de saúde, uso de remédio, alergias, entre outros;
- os cuidados de higiene bucal que são habituais e outros que não;
- o que o paciente espera obter com o tratamento.
Onde registrar essas informações?
Uma dica para melhorar a dinâmica durante a anamnese é utilizar um prontuário odontológico digital. A ferramenta facilita fazer as anotações sobre os pacientes e armazená-las em um local seguro e fácil de acessar sempre que for preciso.
Os prontuários eletrônicos ainda facilitam a rotina das secretarias. Em vez de repassar os dados pessoais ao dentista, o paciente pode preencher suas informações em um tablet enquanto aguarda o atendimento, ou pode responder para a própria secretaria na chegada.
Leia também: Como ser uma secretária de dentista organizada: 7 boas práticas.
2. Consulta de avaliação
Após a anamnese, é realizada a consulta de avaliação na qual o dentista avalia a saúde bucal do paciente, checando os aspectos relacionados ao problema relatado.
Nessa fase, o profissional observa as estruturas dentárias, verifica se o paciente tem desconforto em outras regiões, ou dor, e analisa a presença de cáries, acúmulo de tártaro e outros problemas rotineiros.
Na consulta, você ainda pode identificar a necessidade de fazer mais exames, por exemplo, uma radiologia digital ou um escaneamento intraoral para ter uma visão melhor da estrutura óssea.
As informações das consultas também são incluídas no prontuário para auxiliar na montagem das etapas do planejamento odontológico
3. Diagnóstico
Em seguida, vem a parte do diagnóstico, ou seja, a conclusão sobre a causa do problema. Nessa etapa, você deve explicar em detalhes a origem da queixa, por que ela acontece e os sintomas, validando as queixas do paciente.
Caso a confirmação visual seja necessária, você pode antecipar a conclusão da avaliação clínica, mas pedir um exame de imagem para confirmar o diagnóstico.
Esse procedimento é importante porque evita erros nas etapas seguintes, como submeter o paciente a procedimentos desnecessários. Afinal, esse tipo de equívoco pode colocar em risco a credibilidade profissional.
4. Proposição do plano de tratamento
Com o diagnóstico em mãos, o próximo passo é montar a proposta do plano de tratamento. Nessa etapa, o dentista apresenta as opções de terapia possíveis para o quadro, destacando:
- benefícios de cada técnica;
- processo de preparação, execução e pós-tratamento;
- cuidados que o paciente deve seguir antes e depois do tratamento;
- necessidade ou não de manutenção;
- procedimentos básicos antes do tratamento, como limpeza dental, extração de cárie, etc.;
- orçamento de cada procedimento e forma de pagamento.
O objetivo é que o paciente tenha uma visão completa das possibilidades de tratamento. O dentista ainda pode recomendar o procedimento que considera mais eficaz para orientar a decisão do paciente.
Além disso, é importante informar as limitações do quadro, o que o paciente deve fazer para evitar que o problema volte, entre outros pontos.
5. Pós-tratamento
Por fim, a última etapa para de bom planejamento odontológico é o pós-tratamento. Alguns procedimentos exigem manutenção, portanto, caso o paciente precise retornar, é importante montar um cronograma com as datas para orientá-lo.
Nesse contexto, é vital lembrar que esse processo de pós-venda na odontologia pode ser totalmente digitalizado. Existem ferramentas que enviam lembretes da consulta de retorno por WhatsApp e o paciente também confirma por mensagem.
Ter um processo bem estruturado pós-tratamento é fundamental para a fidelização de pacientes. Afinal, suas impressões, dúvidas e até queixas ajudam a manter um nível de cuidado elevado, reforçando o padrão de qualidade do consultório.
Leia também >>> Fidelizar pacientes: 7 estratégias para dentistas [GUIA]
Como montar um plano de tratamento? 5 dicas
Agora que você já sabe a importância de um bom planejamento odontológico e as etapas que ele deve ter, reuni mais dicas para te ajudar a executá-lo. Confira!
Reúna o máximo de informações
Um bom planejamento odontológico deve ser o mais preciso possível. Para alcançar esse objetivo, você precisa ativar o seu lado FBI para investigar a fundo o paciente.
Isso significa planejar com atenção o tempo de anamnese e consulta dos pacientes, organizar as perguntas iniciais e ter uma comunicação clara e didática.
Dessa forma, você obtém todas as informações que precisa e conhece realmente o paciente. Acelerar a consulta e não dar atenção ao que a pessoa está falando pode arruinar as chances de fechar um tratamento. Então, atenção a esse detalhe!
Inclua pedidos de exame
A solicitação de exames pode ser um gargalo entre a consulta de avaliação e o fechamento do tratamento, mas nunca deve ser descartada por esse motivo. Então, se precisar de apoio para investigar o caso de um paciente, peça.
Uma possibilidade para melhorar esse aspecto do planejamento é ter aparelhos com essa função no consultório/clínica, como um scanner intraoral ou equipamentos de radiologia digital.
Ser muito taxativo sem fazer uma avaliação adequada pode gerar desconfiança em relação à assertividade do diagnóstico, além de aumentar as chances de erros.
Mostrando ao paciente a extensão do seu problema, você aumenta as chances dele fechar o tratamento.
Considere a disponibilidade financeira do paciente
Outro ponto que reforça a importância de um bom planejamento odontológico é a disponibilidade financeira do paciente.
Ele mesmo irá levantar essa questão. Por isso, apresentar as soluções disponíveis explicando os prós e contras das diferentes técnicas é o principal foco para ajudar na decisão.
É importante não inferir nada sobre a capacidade financeira do paciente, mas sim evidenciar os ganhos que ele terá investindo em uma solução duradoura.
Uma possibilidade é trabalhar com diferentes formas de pagamento que facilitam a organização do paciente, evitando alterar o preço do tratamento em si.
Realize um bom estudo de cada caso
Um dentista precisa de boa base de conhecimento sobre as técnicas que utiliza para oferecer tratamentos de qualidade. Dessa forma, você passa confiança para os clientes, educando-os sobre sua condição e mostrando o que existe de mais avanço para resolvê-la.
Então trate cada paciente como um estudo de caso, planejando com atenção a abordagem e as técnicas. Troque ideia com colegas para ampliar sua visão, especialmente em casos mais difíceis.
Outro detalhe importante é aprender a repassar tudo isso por meio de uma comunicação clara, evitando termos técnicos que dificultam o entendimento.
Leia mais >>> Técnicas de vendas para dentistas: confira as 6 principais.
Tenha uma lista de parceiros para serviços complementares
Uma dica para agilizar o tratamento dos pacientes é ter parceiros confiáveis para indicar serviços complementares necessários.
Citei acima os exames de imagem, mas existem outros, por exemplo, os de pré-procedimento cirúrgico, como exame de sangue, eletrocardiograma e mais.
Nem todos são possíveis de oferecer no consultório, então, direcionar o paciente para empresas confiáveis, auxilia no bom andamento do plano odontológico. Sem contar que é possível fechar parcerias para oferecer condições diferenciadas para seus pacientes.
Aprenda a divulgar seu guia de serviços
Entender a importância de um bom planejamento odontológico é crucial para divulgar o seu guia de serviços efetivamente, utilizando as melhores estratégias para comunicar como o seu trabalho pode melhorar a saúde bucal e a vida das pessoas.
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